Quem não gosta de chegar em casa e se jogar no sofá bem confortável depois de um dia cansativo? Ou de passar uma tarde vendo filmes com a família ou com os amigos? O sofá é um dos elementos mais tradicionais nas residências ao redor do mundo, em diferentes materiais, cores e tamanhos. Com histórias e finalidades diversas, é um elemento que acompanha a sociedade desde os tempos da antiguidade, passando por adaptações diversas no decorrer dos séculos. Essas adaptações são resultado do desenvolvimento de diversos processos, produtos e estudos químicos.

O móvel é composto por três elementos principais que o caracterizam como sofá: uma estrutura, o estofado e a cobertura. A estrutura, na maioria dos casos é de madeira. Essa madeira pode ser revestida com diversas resinas, mas o produto químico mais utilizado é o formaldeído, um conservante. Sua aplicação tem o intuito de proteger a madeira de fungos, bactérias ou outros organismos que possam comprometer a estrutura, aumentando a vida útil da peça. Afinal, ninguém quer sentar em um sofá cheio de cupins, por exemplo, certo?

O estofado é fabricado, em geral, a partir de espuma de poliuretano, que é um polímero obtido a partir de uma reação de poliadição de um isocianato com um poliol. Para saber mais sobre a Química das Espumas, no texto sobre o colchão.

A cobertura é a única parte visível do sofá e, por isso, é amplamente explorada para atender aos gostos do mercado. Entretanto, seu papel vai muito além de puramente decorativo. É necessário que haja uma camada protetora entre a espuma e o ambiente para que ela seja conservada. Os materiais da cobertura são os mais diversos, como couro, camurça e tecidos naturais como algodão e outros sintéticos. Algumas pessoas optam por impermeabilizar o sofá, no intuito de aumentar sua durabilidade. O processo de impermeabilização impede que líquidos que possam cair no móvel penetrem na espuma e na estrutura, através da diminuição da porosidade e isolando a umidade, ou pela aplicação de uma substância hidrofóbica, que repele a umidade. Se quiser saber mais sobre impermeabilização, veja o texto da Química dos Impermeabilizantes.

É necessário se atentar a alguns aspectos, porque, apesar de o sofá não ser tóxico, o descarte inadequado pode ter alguns efeitos adversos. Muitas pessoas queimam móveis velhos porque não sabem onde descartar adequadamente. A problemática disso é que produtos como o formaldeído e o poliuretano desprendem gases tóxicos ao organismo quando queimados. Por isso é sempre importante fazer o descarte correto e tentar optar por produtos mais ecofriendly na medida do possível.

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