Um dos elementos principais no quarto de uma pessoa é o colchão. É um elemento muito significativo considerando que, idealmente, passamos um terço de nossas vidas em cima dos colchões. Independente se são de mola ou de espuma, todos têm uma quantidade significativa de espuma, que pode variar de acordo com as características do produto, assim como nos sofás. Além disso, as espumas estão presentes em esponjas de lavar louça, revestimentos de construção civil, estofados de carro, solas de sapato e outros elementos fortemente presentes em nosso cotidiano. Mas o que faz da espuma, espuma? Como muitos objetos do dia-a-dia, a espuma é um polímero!

As constituições das espumas podem variar, mas, em geral, são compostas de poliuretano, um polímero amplamente utilizado por causa de sua versatilidade e preço atrativo. Mas e o que difere o poliuretano do sapato do poliuretano do colchão? Para responder essa pergunta precisamos olhar com calma para o processo de produção desse material. 

Polímeros são macroestruturas formadas pelo agrupamento de estruturas menores, os monômeros. O poliuretano é originado a partir de uma reação de um diol e um isocianato. Isso significa que moléculas com dois ou mais grupos –OH reagem com moléculas com grupos (-NCO). Dê uma olhada no diagrama abaixo para ficar mais claro: 

polimero

Essa reação é feita em condições favoráveis para que ela permaneça acontecendo até terminar a formação do polímero, geralmente em reatores chamados extrusoras. Nesse reator, podem ser adicionados aditivos ou serem feitas alterações nas condições para que o polímero formado tenha propriedades diferentes. Uma dessas adições é a dispersão de gases, que faz com que ele adquira essa característica de espuma flexível com a qual estamos acostumados nos colchões. Além disso, variações em R1 e R2 podem conferir propriedades diferentes também, como aumento do suporte de carga para espumas de baixa densidade. 

Esse é só um dos polímeros presentes no cotidiano e que, sozinho, tem uma vasta aplicabilidade e uma complexidade maior ainda por trás de cada uma delas. Imagina a ciência de polímeros em geral? Cheia de conteúdos! E o mais legal é que o estudo e desenvolvimento desses conteúdos pode deixar nossa vida mais optimizada. Entretanto, há um crescimento muito grande da demanda por alternativas de processos poliméricos para estudar esses compostos do ponto de vista ambiental. Cada vez mais faz-se necessário descobrir materiais alternativos que sejam ecologicamente mais amigáveis ao planeta e à população.

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