Hoje em dia, o ato de tirar uma foto é uma coisa super prática e natural a qualquer pessoa com um celular ou uma câmera em mãos. Revelar essas fotos, ainda que seja uma prática não tão comum atualmente, também não é difícil, considerando que existem serviços de impressão instantânea diversos. Contudo, isso nem sempre foi assim. Os primeiros métodos desenvolvidos para tirar fotos surgiram no início do século XIX e levava-se até 60 minutos para tirar uma fotografia. A química tem um papel fundamental na evolução da fotografia. Os pioneiros em usar materiais fotossensíveis para fotografias foram o francês Louis-Jacques-Mandé Daguerre e o inglês William Henry Fox Talbot.

O método de Darrengue consistia em expor uma placa de prata revestida com iodeto de prata à luz em uma câmera escura. Essa exposição fazia com que o iodeto de prata fosse decomposto em iodo e prata metálica. A foto era “revelada” pela exposição da placa à vapor de mercúrio, que formava um amálgama de mercúrio e prata nas partes expostas à luz. O iodeto de prata residual era retirado pela adição de soluções salinas fortes. Em luz oblíqua, as zonas prateadas amalgamadas pareciam brilhantes e a placa prateada parecia escura.

O procedimento de Talbot consistia em lavagens sucessivas do papel com água salgada e solução de nitrato de prata, depositando cloreto de prata nas fibras do papel. O papel, ainda molhado, era exposto em uma câmera até uma imagem de prata escura ser formada nas regiões atingidas pela luz. O cloreto de prata restante era retirado com solução salina de tiossulfato de sódio. Ao encerar ou lubrificar a folha negativa, Talbot tornou o papel transparente e, ao fazer uma exposição da luz difusa através do negativo em outra folha sensibilizada, ele produziu uma imagem positiva. Isso fez com que, diferente do método de Darrenge, um número ilimitado de cópias da fotografia pudesse ser feito a partir de qualquer negativo.

Posteriormente, Talbot descobriu que uma exposição curta deixava uma imagem latente invisível. Então ele passou a transformar essa imagem latente em visível com tratamento com ácido gálico e nitrato de prata. Essa prática de consolidou no ramo da fotografia. A principal diferença entre esse método e os atuais é que o haleto de prata é apresentado na forma de grãos da escala micro suspensos em gelatina.

A fotografia à base de haleto de prata está sendo rapidamente substituída pela fotografia digital, envolvendo câmeras especiais que não contêm filme, mas dispositivos de carga acoplada (CCDs), matrizes retangulares de milhões de sensores de luz mínimos. Sob exposição à luz, cada sensor produz uma carga elétrica e a enorme quantidade de informação produzida é armazenada eletronicamente como dados digitais na câmera. A matriz CCD pode ser reutilizada indefinidamente. Essas informações podem ser baixadas da memória da câmera para um computador e a imagem pode ser manipulada e impressa posteriormente com uma impressora a jato de tinta, uma impressora a laser ou uma impressora de sublimação de tinta. As matrizes CCD são dispositivos monocromáticos, mas quando combinadas com matrizes de filtro de cores, fornecem dados em azul, verde e vermelho e, portanto, produzem imagens coloridas.

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